I love Lucy

O casamento do cinema com a ficção científica chegou ao climax. Enfim, um filme de ação que não é rasteiro, em que nenhum tiro é gratuito. Lucy, pra mim, é um marco. Profundo, questionador, filosófico, mas nem por isso chato. Eletrizante com consistência.

Diferente de tantos outros, Lucy é cinema e não um videogame na tela grande. Entretenimento que faz pensar, quer mais do que isso?

Só para comparar com outro filme de ficção científica em cartaz, Lucy é mil vezes melhor que o chato e pretensioso Doador de Memória.

Scarlett Johansonn (que atriz fantástica), Morgan Freeman (é na coadjuvância que se evidencia o gênio) e Choi Min-sik (isso é um vilão!) brilham à frente de um elenco impecável. Até os capangas estão bem (um bom critério para avaliar um filme de ação é a interpretação dos capangas). A direção é de Luc Besson em seu melhor momento. Quase todos os takes no lugar certo e com a duração devida. Só a sequência em que ela faz o diabo no trânsito de Paris poderia ser um pouco mais curta. No fim das contas, são 89 minutos com a platéia imóvel, grudada na cadeira, como tem que ser o bom cinema, não importa o gênero do filme.

Nunca os efeitos especiais foram tão bem usados. O final é revelador e traz uma nova concepção de Deus ao centro da cena. Há muito tempo eu não via um filme tão impactante.

Imperdível, só isso.


Comentários

  1. Vi o filme ainda em Santiago (passou antes que no Brasil). É realmente muito bom, com grande elenco e ótimas cenas de ação no estilo Luc Besson. Dos melhores filmes de ficção que já assisti. Mas como quase todo filme de ficção peça por ser pouco verossímil e pelo final meio sem sentido. A parte de Deus para mim também passou batida...

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    1. Gostei do final justamente porque me sugeriu que Deus possa ser algum de nós que tenha atingido 100% da capacidade cerebral. Como ficção achei bem legal essa idéia, porque no fim ela se tornou onipresente, onipotente e onisciente.

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