Grandes encontros da História XLIII

O histórico aperto de mão por cima do muro de Berlim

Um dia, o que parecia impossível aconteceu. Dois times alemães se enfrentaram numa Copa do Mundo. De um lado, a Alemanha Ocidental, capitalista; do outro, a Alemanha Oriental, comunista. Era 1974 e a Guerra Fria ainda estava quente. A Alemanha Ocidental, onde ocorreram os jogos daquele mundial, acabou campeã. Mas nesse jogo, a turma do outro lado do muro venceu por 1 a 0. Foi uma zebra, alguns analistas chegaram a dizer que os ocidentais entregaram o jogo para não enfrentar a então poderosa Holanda na fase seguinte. Conversa. Com tamanha carga ideológica envolvida, duvido que alguém fizesse corpo mole. O compacto do jogo, abaixo, sugere que ambos os lados tentaram vencer. Anos depois, o corrupto e ditatorial sistema comunista do leste caiu de podre, como caem todas as ditaduras mais cedo ou mais tarde. Só ficaram vivos os belos ideais de Marx e Lênin, infelizmente maculados pela mediocridade e ambição do ser humano.


A Alemanha unificada, governada pelo dinheiro, claro, e por homens que em geral não têm a roubalheira em seu DNA, vai muito bem (dizem os índices e indicadores sociais e econômicos apesar da crise européia). Imagino também que lá haja uma Justiça eficaz e que, depois da Segunda Guerra, muito dinheiro tenha sido investido em educação. Não é o paraíso na Terra, mas dá pro gasto.

A Alemanha capitalista jogou de branco, a outra, de azul. Veja até o fim, porque a comemoração dos comunas é o melhor de tudo. Eles ainda acredittavam na revolução do proletariado.


Comentários

  1. Como eu já disse gosto desses videos antigos. Ainda mais com um contexto histórico interessante como esse. Valeu à pena ver o video e ler o texto.
    Sergio.

    obs: Já li o texto do sociologo espanhol, depois posto um comentário.

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  2. "Homens que em geral não têm a roubalheira em seu DNA". O que extamente quis dizer com isso, Marcello ?! Pergunto porque existe um certa teoria implicia no discurso das elites e mídia brasileira, que defende que o grande problema do Brasil é propenção a corrupção quase que genética do povo brasileiro. É claro que esse é um discurso aistórico baseado exclusivamente no conhecido complexo de viralata. Pessoalmente considero que os alemães roubam bastante. Só que para fins de "equilibrio ecológico" decidiram exteriorizar o roubo. As elites alemães preferem saquiar o resto da europa e as periferias em geral.Já nossas elites preferem saquiar o própio país para igressar na nobreza de toga no leblon, maiami ou suiça por exemplo. É uma questão de tradição: La é imperial, aqui é colonial.

    drapetomaniaco

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    1. O DNA foi figura de retórica, na verdade a roubalheira é cultural. E não acho que seja um discurso das elites, porque são exatamente elas as mais corruptas, pelo menos no Brasil.

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